”Cada manhã em Monsanto nasce o mundo.
Lá me apercebi que a sombra é azul”.
Fernando Namora
A Aldeia de Monsanto totalmente construída em pedra granítica é conhecida como a aldeia mais portuguesa de Portugal desde 1938. É um local com registo de presença humana desde o paleolítico. Podem-se ver vestígios arqueológicos da Idade do Cobre e da Idade do Ferro, de villas, e termas romanas no campo de S. Lourenço que fica na base da colina. Monsanto foi conquistada aos Mouros por D. Afonso Henriques em 1165, e doada à Ordem dos Templários por desempenhar um papel estratégico na defesa do país face aos invasores. Tem duas zonas, a alta onde está o Castelo construído pelos Templários e a baixa onde fica o casario, com destaque para a Igreja Matriz, a Igreja da Misericórdia, a Torre de Lucano (ou Torre do Relógio), o Cruzeiro de São Salvador, o Miradouro da Praça dos Canhões e a icónica Casa dos Penedos - ‘casa dos Flinstones’.
Na parte baixa da aldeia, desfrute das vistas no Penedo do Pé Calvo, visite a Gruta de Monsanto e a furdas (antigas pocilgas).
Na parte alta, ao chegar ao Castelo, ainda é possível ver a alcáçova. No interior da Muralha encontramos a cisterna, a Torre de Menagem e a Capela de Santa Maria do Castelo, edifício reconstruído pela Ordem dos Templários. No exterior da Muralha, na entrada da antiga cidadela, encontra as ruínas da Capela românica dedicada a S. Miguel, do séc. XII/XIII, e a Capela de São João, da qual resta apenas um arco.
O Pelourinho, a Antiga Capela do Socorro, a Porta de Santo António, e a Capela de Santo António também fazem parte do património histórico da aldeia. A caminho do Castelo, encontra a Fonte do Ferreiro onde se pode ler num pequeno azulejo “A água desta nascente matou a sede a obscuros heróis”.
A descer pela R. de Santa Maria do Castelo pode-se ver perto do Chafariz do Meio, na Rua Fernando Namora, a Casa onde o escritor exerceu a sua atividade de médico em Monsanto entre 1944 e 1946. Visite a Gruta e aprecie a vista sobre Monsanto e a encosta no miradouro junto ao Forno Comunitário. A “casa de uma só telha” tem a particularidade de ter uma cobertura de rocha.